quinta-feira, 30 de junho de 2011

T. Rex ~ Há aí alguém que ainda se lembre dele(s)?... (Parte 2)

O Guerreiro Eléctrico


Capa de Electric Warrior

Quando o single é posto à venda, já o longa duração seguinte estava na fase dos arranjos finais.  Publicado em Setembro, Electric Warrior, é registado durante a digressão do grupo pelos EUA, quer nos Media Sound Studios de Nova Iorque, quer nos Wall Heider Studios de Los Angeles, tendo posteriores adições e trabalho de produção (entregue uma vez mais, a Visconti) sido efectuados nos estúdios de Advision e Trident, de Londres.

«Na altura, nem sequer sabíamos que estáva-
mos a fazer um álbum.» – Tony Visconti(13)

Quinze dias depois de a Fly Records o ter disponibilizado, a 9 de Outubro, entra pela primeira nas tabelas britânicas, aparecendo no #2, aonde se mantém por mais uma semana.  Entre 23 de Outubro e 4 de Dezembro, sobe e desce mas nunca abaixo do #6.  A 18 de Dezembro, sobe ao topo e por lá se manterá nas cinco semanas seguintes.  Duas semanas depois regressa de novo ao #1 por outras duas semanas, e a partir daí começa a sua fase descendente, desaparecendo do Top 30 apenas vinte e três semanas mais tarde, a 22 de Julho de 1972, isto é, um dia depois de ter sido posto à venda o terceiro trabalho dos T. Rex, The Slider.

«No que me diz respeito, é o primeiro álbum
que fiz. Os outros foram apenas ideias, mas nes-
te falo sobre mim e ti, e todos nós.» – Marc Bo
lan(14)

Olhando para a capa de Aubrey Powell, o designer da Hipgnosis, construída a partir de uma foto tirada por Kieron “Spud” Murphy, na qual Marc Bolan, visto de um plano inferior (como se vê qualquer deus), aparece envolto numa auréola, a tocar guitarra eléctrica em frente de uns amplificadores, fica-se com a certeza de que ele é um Electric Warrior e de que o Rock eléctrico vai ser o mote, e quando se escuta o tema de abertura, Mambo Sun, não creio que apesar do ritmo nitidamente afro-latino e, por isso, pontuado pela secção rítmica, com a guitarra de Bolan mais eléctrica do nunca, a aparecer nos intervalos, se possa ter qualquer dúvida.  A vocalização de Bolan é sussurrante, como se estivesse a contar um segredo apenas para nós (Beneath the bebop moon/ I wanna croon, for you/ Beneath the mambo sun/ I got to be the one, for you… uh, for you, uh, you), contrastando em definitivo com os coros irremediavelmente tribais.  Cosmic Dancer, é um verdadeiro tema crooner adaptado à entrada da nova década de 70, com as cordas magistralmente introduzidas por Visconti a competirem com a guitarra acústica numa plena valsa, num hino completamente adolescente (I was dancing when I was twelve/ I was dancing when I was aaah/ I danced myself right out the womb/ Is it strange to dance so soon/ I danced myself right out the womb). A guitarra quando entra é toda ela distorção reforçando o carácter etéreo da vocalização, então substituída por um coro e uma bateria em plena angústia.  Jeepster é um Rockabilly com uma secção rítmica contagiante e uns rendilhados interessantes por parte da guitarra de Bolan, mas a melhor parte é o seu final completamente “descontrolado” (I say, girl, I’m just a vampire/ For your love/ And I’m gonna suck ya...) que, supostamente, foi gravado numa casa de banho, por sugestão de Finn, à imagem de algumas gravações de Elvis Presley para a Sun Records.  Monolith, cujo título é uma referência ao clássico de Stanley Kubrick, 2001: Odisseia no Espaço, faz-me lembrar as canções românticas dos finais da década de 50... com um excelente coro, quase Gospel, de Flo & Eddie, sublinhando a vocalização de Bolan (The throne of time/ Is a kingly thing/ From whence you know/ We all do begin).  Lean Woman Blues é o tema que encerra o lado um do disco com a sua interpretação indisciplinada dos blues.  A abrir o lado dois, o grande sucesso do grupo, Get It On, seguido de Planet Queen, uma composição que se enquadra perfeitamente na sequência do tema anterior, apesar das suas líricas pouco terem a ver uma com a outra e em que o refrão (Well it’s all right/ Love is what you want/ Flying saucer take me away/ Give me your daughter) vale por toda a música.  Girl é uma balada basicamente acústica, à qual Visconti adicionou algumas partes eléctricas mas essencialmente, o fliscorne tocado por Burt Collins, que a dota de uma certa melancolia irresistível.  The Motivator é Rock puro, aonde a guitarra e a vocalização de Bolan (I love the broken crown/ The one you stole from the King and held for ransom/ Love the broken crown/ Love the broken crown/ I love it), brilham com a preciosa ajuda dos arranjos de produção de Visconti.  Life’s A Gas é uma outra balada mas desta, com todas as condições – desde a sua melodia copiosamente penetrante até à sua letra simples mas eficaz, passando pelo refrão que cola à primeira audição – para não ser o que é: um dos temas menos conhecidos do grupo. A fechar o álbum, aquela que para mim é a sua canção menos conseguida, Rip Off, aonde Bolan nos brinda com uma raiva que de todo não é comum na sua discografia, contudo, hoje, descubro nela uma série de pistas para outras abordagens musicais mais recentes, nomeadamente no que toca a uma segunda vaga de grupos New-Wave.

«Então a que é que o Electric Warrior soa a-
gora, bem mais de um quarto de século desde
que o toquei pela última vez? A duh! respos-
ta é: soa a rock’n’roll.» – Charles Shaar Mu
rray(15)

Do álbum viria ainda a ser extraído mais um single, Jeepster/ Life’s A Gas, publicado em Novembro de 1971 pela Fly Records, sem a autorização de Bolan, que entretanto criara a sua própria etiqueta, a T.Rex Wax Co, e assinara um contrato para a distribuição do seu material com a EMI.

Marc Bolan


E Quando Estou Triste, Deslizo...


Em Janeiro de 1972, o novo single do grupo, Telegram Sam (com Cadillac/Baby Strange no lado B), é posto à venda em Inglaterra e em pouco tempo, ascende ao #1 das Charts aonde se aguenta por duas semanas.  Escrita por Bolan durante a digressão norte-americana Electric Warrior, terá sido inspirada no seu manager Tony Secunda que lhe enviava telegramas a pô-lo a par do sucesso do álbum (Telegram Sam/ You are my main man), e apresenta um som mais denso e pesado, mas sem perder o apelo contagiante dos seus anteriores sucessos e, depois, Bolan aparece mais seguro do que nunca, das suas capacidades quer como vocalista e guitarrista, mas também como letrista (Automatic shoes/ Give me 3-D vision/ And the California blues/ Me I funk but I don’t care/ I ain’t no square with my corkscrew hair).

Em Março seguinte, nos dois concertos de abertura da digressão britânica realizados no Empire Pool de Wembley, o grupo é filmado perante centenas de milhares de fãs por um deles, o ex-Beatle Ringo Starr, para um filme que se estreará em Dezembro com o título de Born To Boogie, e que contará ainda com a presença de Elton John.

Elton John, Bolan, Ringo Starr e Finn

Dois meses depois, aparece um novo single, Metal Guru (com Thunderwing e Lady do outro lado), que serve para promoção do próximo álbum.  Definido por Mark Paytress como «provavelmente, a declaração mais perfeitamente conseguida do som Bolan»(16), Metal Guru, apesar das guitarras eléctricas, é suficientemente pop para ser o sucesso da entrada do verão, conseguindo assim manter o grupo no topo das tabelas britânicas de 20 de Maio a 10 de Junho, por 4 semanas consecutivas.  Entretanto, a Fly Records que não andava a dormir e querendo capitalizar com a T. Rextasy, recupera todos os sucessos que tinha ao seu dispor e, em Abril desse ano, lança a colectânea Bolan Boogie, que ocupará em paralelo com o último single do grupo, as tabelas britânicas até 3 de Junho.

«Estamos a caminho do Château [d’Hérouville,
nos arredores de Paris] numa limusina.  Eu es-
tou sentado na parte de trás com o Marc e o Mi-
ckey, e o Marc está bêbado. São 11 da manhã e
ele está agarrado a uma garrafa de conhaque.
De repente, começa uma canção: “I’m an old
boon dog from the boon docks… Vamos toda a
gente a cantar”, diz ele.  É muito cedo, protes-
tamos. Há um elemento de medo no ar. O líder
está fora de controle.  (...) Para manter a paz,
Mickey começa a cantar: “I’m an old...”, “Sim
Mickey, é isso” diz o Marc e coloca o braço em
torno dele. Foi assim que se começou The Sli-
der.» – Tony Visconti(17)

Em Julho, sai o álbum The Slider.  Gravado basicamente no Château d’Hérouville, de Paris, com a sua produção a cargo do insubstituível Visconti a ser iniciada em meados de Março no Strawberry Studios, e posteriores gravações a serem efectuadas durante a sua digressão continental, em finais de Março, nos Rosenberg Studios de Copenhaga, enquanto os coros a cargo dos habituais Flo & Eddie, viriam a ser registados nos Elektra Studios de Los Angeles.

Os T. Rex com Tony Visconti

Metal Guru é um bom tema para abrir o álbum – quanto mais não fosse por ser já suficientemente conhecido.  Segue-se uma balada perfeitamente neutra, Mystic Lady, situada no velho universo pagão (Riding sliding Sorceress/ In your dungarees/ Got me on my knees) tanto a gosto de Bolan, que realça o génio de Visconti (com uma introdução dramática a cargo dos imprescindíveis violinos, mas também pelo uso sóbrio do mellotron e, acima de tudo, pelos coros com aqueles berros elucidativamente satânicos).  Com Rock On, escrita entre dois concertos durante a digressão nos EUA, o álbum acelera o ritmo: tensa, dramática, com um riff suficientemente violento para o tema que, evidentemente, é o mundo dos negócios do Rock’n’Roll (I’ve been down there/ Everybody’s been there/ Everyone everyone/ Desolation angel/ On the cover of my paper/ Loves everyone, everyone). O seu final, se me parece um tanto ou quanto forçado, não me custa a aceitá-lo tendo em vista uma sequência que realçasse a entrada da melhor música de todo o álbum: The Slider.  Que posso eu dizer de um tema que ficaria de bom grado a ouvi-lo uma vez mais, descobrindo sempre um pedaço mais para me maravilhar? Uma verdadeira obra-prima do duo Bolan-Visconti que deveria fazer parte de qualquer colectânea de Bolan, o que infelizmente não acontece.  Baby Boomerang é um regresso ao boogie, aonde creio serem evidentes as influências de um dos seus grandes ídolos, Bob Dylan, não só pelo estilo de vocalização a que recorre mas também pelo modo como construiu a sua letra (Slim lined sheik faced/ Angel of the night/ Riding like a cowboy/ In the graveyard of the night/ New York Witch/ In the dungeon of the day/ I’m trying to write my novel/ But all you do is play/ Baby Boomerang, Baby Boomerang/ Well, you never spike a person/ But you always bang the whole gang/ Oh yeah...).  Spaceball Ricochet é uma balada intimista, que me parece demasiado auto-briográfica para despertar grande interesse, e Buick MacKane serve para fechar o lado um do álbum, com a sua roupagem Hard-Rock, Bolan lança novas pistas para o futuro, demonstrando não estar desatento a novas tendências no Rock.  O lado dois abre com o outro single do ano, Telegram Sam, e a partir daí o tom torna-se mais sombrio e pesado.  Numa sequência angustiante, os temas que se seguem apresentam uma densidade sonora quase depressiva nunca antes revelada por Bolan – terá sido por isso que os Bauhaus recuperariam anos mais tarde, o tema de abertura deste lado do álbum? – e as letras reforçam esse estado de espírito (Tramp king of the city he’s my friend/ Moondog’s just a prophet to the end, ou I saw a dude unscrewed and badly turned/ Laughing/ ‘cos he’d gotten what he’d earned, em Rabbit Fighter;  The city’s shaking/ I ain’t faking baby this is the end/ I’m overloaded my head’s exploded, em Baby Strange; You talk about day/ I’m talking ‘bout night time/ When the monsters call out/ The names of men/ Bob Dylan knows/ And I bet Alan Freed did, em Ballrooms Of Mars;  e Baby you know who you are/ Don’t you know who you are?/ Standing on your porch/ You wear your pleasure like a torch/ Hiding in the road/ Like a pasolini toad, em Chariot Choogle).

O álbum, com a sua capa feita a partir de uma foto tirada por ocasião das filmagens de Born To Boogie, atribuída a Ringo Starr mas que Tony Visconti reclama como sendo sua, atinge a sua posição mais alta nas tabelas britânicas, duas semanas depois de ter sido publicado, a 5 de Agosto, ao ser o #4.  Até meados de Setembro alternará entre a quinta e a sexta posição e, a partir daí, descerá gradualmente até desaparecer da tabela dos primeiros cinquenta em finais de Janeiro de 1973.  Na tabela da Billboard nos EUA, a posição mais alta que consegue é a do #17.

Capa de The Slider

A 23 de Setembro, enquanto o álbum descia para o #12 nas tabelas britânicas, o single Children Of The Revolution (com Jitterbug Love/Sunken Rags do outro lado do disco) que tinha sido publicado no começo desse mesmo mês, ascendia ao #2.  Na minha opinião, ela é sem dúvida alguma a melhor música de sempre do grupo mas também o seu canto de cisne.  Servida por uma propulsão eléctrica enérgica por parte da guitarra de Bolan, é uma autêntica marcha cheia de veludo (as habituais cordas incorporadas por Visconti) e rímel (a secção rítmica), feita hino de uma parte da geração saída dos anos sessenta que assegura a sua convicção e comprometimento de não se deixar enganar mesmo que embriagados

Yeaahhhhh
Well, you can bump and grind
It is good for your mind
Well, you can twist and shout
Let it all hang out
But you won’t fool
The children of the revolution
No, you won’t fool
The children of the revolution, no, no, no

E recorrendo à ironia de um modo surpreendente:

I drive a rolls royce ‘cos it’s good for my voice

O single aguentar-se-ia mais duas semanas no #2 das tabelas britânicas, não tendo conseguido destronar as novas coqueluches quer do Glam Rock, os Slade, quer das adolescentes, David Cassidy.

«Children of the Revolution é vagamente polí-
tica à sua maneira, eu apenas não digo contra
quem ela é (sorrisos), percebes? Penso que te-
rão a oportunidade de escolher por vocês mes-
mos.» – Marc Bolan(18)

No final do ano lança o seu último grande sucesso, Solid Gold Easy Action (com Born To Boogie no lado B), que na primeira semana de 1973 consegue subir ao #2 das tabelas britânicas, começando a partir daí a cair a pique.

Marc Bolan


O Fim

Mas 1973 será um ano difícil para Bolan.  É por esta altura que o seu comportamento começa a apresentar mudanças que irão influenciar o futuro da sua carreira – o crescente consumo de álcool e cocaína começam a provocar os primeiros sintomas de dependência e a transformá-lo num megalomaníaco egocêntrico («No hit parade? De que é que estás a falar, homem? Eu sou o hit parade.» – Marc Bolan(19)).  June, a sua esposa, com o crescimento da máquina T. Rextasy começa a perder o controle que até então conseguira exercer de um modo quase maternal sobre ele, e os restantes membros do grupo começam a manifestar-se saturados de serem considerados como simples banda de suporte e de estarem limitados a ter de aguentar as suas excentricidades ditatoriais.

O golpe final deu-se quando Bolan inicia uma ligação emocional mais séria com Gloria Jones, uma cantora de música Soul, que conhecera em 1969 quando ela fazia parte do elenco de Los Angeles da peça Hair.  Desde então encontraram-se em diferentes ocasiões mas o seu envolvimento amoroso só se inicia quando em 1972, a Warner Brothers a inclui no coro para a actuação do grupo no Winterland de São Francisco.  Quando June descobre que entre eles não existia apenas uma simples ligação passageira, como tantas outras que existiram no passado, pede o divórcio e separa-se dele, e isso irá marcar definitivamente um Bolan que sempre contara com o juízo e o apoio da sua companheira.

Bolan e Gloria Jones

Não tendo conseguido conquistar a nova camada adolescente que entretanto descobrira novas estrelas assexuadas, como Davi Cassidy ou Little Jimmy Osmond, perdendo a batalha contra os novos nomes do Glam Rock quer nas tabelas, com os Slade ou os Sweet, quer junto dos críticos especializados que preferiam David Bowie, e atolado em problemas pessoais, Bolan reage da pior maneira, investindo contra os novos nomes que entretanto dominavam o Glam Rock, estilo que ele “criara” e que agora por já não o conseguir dominar, tenta declará-lo como morto(20).

«Não acredito que o David (Bowie) esteja algures
perto de ter o carisma ou as bolas, que eu tenho.
Ou o Alice. Ou o Donny Osmond. Ele não irá con-
segui-lo de qualquer maneira.» – Marc Bolan(21)

David Bowie e Bolan

«Foi uma coisa boa, mas foi há três anos e agora
em Inglaterra, tens os teus Sweet, Chicory Tip e
Gary Glitter... (...) para mim o que esses tipos es-
tão a fazer é circo e comédia, e eu tenho de me
desligar disso.» – Marc Bolan(22)

Em Novembro de 1973, o baterista Bill Legend abandona o grupo.  Em Março do ano seguinte, Visconti alegando as então habituais “diferenças musicais irreconciliáveis” afasta-se de Bolan e, em 1975, foi a vez de Mickey Finn o abandonar.

«Mas ele não queria parar um ano para se de-
senvolver. Ele dizia “Os miúdos precisam de
mim.”  Zinc Alloy foi o álbum que não conse-
gui tratar.  Era demasiado desligado, dema-
siado drogado. E vi aquilo com a Gloria (Jo
nes), ele ia por uma direcção pela qual eu de
qualquer modo, não queria ir. (...) O Marc tor-
nou-se menos generoso conforme mais suces-
so ia tendo. Senti que não já era necessário,
então parti.» – Tony Visconti(23)


«Acho que me cansei, que o Marc se cansou.
Chegamos ao fim da nossa ligação um com o
outro. Não com uma discussão, foi antes co-
mo uma atmosfera e surgiram muitos rumo-
res maus a propósito, e comecei a perder o in-
teresse e a não aparecer.» – Mickey Finn(24)

Megalomania, arrogância, complexo de Napoleão, passam a ser expressões ligadas a Bolan sempre que o seu nome aparecia nas publicações especializados.  Alguns singles e álbuns lançados a partir de 1973, com posições cada vez mais baixas nas tabelas, e algumas digressões com cada vez menos público, serviam para o manter na ilusão de que ainda era uma estrela que, para evitar ser violentamente tributada, tinha de viver exilado nos EUA...

Diz-se que um desmaio por esgotamento durante um dos seus concertos e o facto de saber que Gloria estava grávida tê-lo-ão feito regressar ao seu país de origem.  Depois de uma série de concertos em salas cada vez mais menores, de se ter tornado pai e de ter conseguido um programa de televisão, com o surgir do Punk Rock ainda tenta o seu regresso reclamando-se como o pai do novo estilo de Rock” mas na noite de 16 de Setembro de 1977, a morte encontrou-o numa estrada, num carro conduzido por Gloria Jones.

T. Rex na fase final

 Discografia para o período 1972~77:
   20th Century Boy/Free Angel (Mar/73 – EMI/Reprise), single;
   Tanx (Mar/73 – EMI/Reprise), álbum;
   The Grover/Midnight (Jun/73 – EMI/Reprise), single;
   Truck On (Tyke)/Sitting Here (Nov/73 – EMI), single;
   Zinc Alloy And The Hidden Riders Of Tomorrow (Fev/74 – EMI), álbum;
   Bolan's Zip Gun (Fev/75 – EMI), álbum;
   Futuristic Dragon (Jan/76 – EMI), álbum;
   London Boys/Chrome Sitar (Mar/76 – EMI), single;
   Laser Love/Life Is an Elevator (Set/76 – EMI), single;
   Dandy In The Underworld (Mar/77 – EMI), álbum;
   Celebrate Summer/Ride My Wheels (Ago/77 – EMI), single;


_______________________
(14) RAB, George. “T. Rex’s Electric Warrior”. Classic Albums Series. Record Collector, No. 217. September 1997.  p.20;
(15) MURRAY, Charles Shaar. “A dandy in aspic”. Filter. Reissues & Compilations. Mojo, No. 95. October 2001. p.132;
(16) PAYTRESS, Mark. “T. Rex”. Mojo, No. 138. May 2005. p.86;
(17) VISCONTI, Tony. “The Difficult Album”. Mojo, No. 138. May 2005. p.84;
(18) YOSHINARI, Nobuyuki. An Interview With Marc. 5th December 1972. Interviews, Reviews, and other Stories. The Till Dawn site. 2005;
(19) PAYTRESS, Mark. “T. Rex”. Mojo, No. 138. May 2005. p.86;
(20) PAYTRESS, Mark. “T. Rex”. Mojo, No. 138. May 2005. p.87;
(21) CROWE, Cameron. “What They Tried To Do With Bowie Was Create Another Marc Bolan”. Creem, July 1973; in MATHEU, Robert e BOWE, Brian J. Creem: America's Only Rock 'N' Roll Magazine. New York: HarperCollins Publishers. 2007. p.79;
(22) BAILEY, Andrew. “The Low-Profile Marc Bolan: Finished with ‘R&R Lunacy’”. Rolling Stone, No. 150. December 20, 1973. p.24;
(23) PAYTRESS, Mark. “Electric Warrior producer Tony Visconti talks to Mark Paytress. Info: Feature, Mojo 39”. Filter. Reissues & Compilations. Mojo, No. 95. October 2001. p.133;
(24) PAYTRESS, Mark. “T. Rex. The Survivors. The Record Collector Interview”. Record Collector, No. 210. February 1997.  p.75;

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