O início do rastafarianismo deve-se à publicação na década de 30 do livro de Leonard Howell, The Promise Key no qual, ele – apesar de na altura se encontrar na cadeia pelo crime de sedição – afirma ter testemunhado a coroação de Hailé Selassié (Novembro de 1930) e proclama-o como a “Head of Creation”. Na sua origem está o regresso à África-mãe, conforme advogado por Marcus Garvey mas devidamente pintalgado por passagens da Bíblia dos esclavagistas.
Em 1940, depois de ter sido libertado, Howell leva a maioria dos seus seguidores para Pinnacle, aonde cria a primeira comunidade rasta e aonde o seu número aumentaria assim como vários problemas com os habitantes locais.
No princípio da década de 50 são expulsos e procuram refúgio em Kingston, aonde a sua presença é, de novo, associada ao aumento da criminalidade.
Em Abril de 1966, Selassié visita oficialmente a Jamaica e no aeroporto, é confrontado com uma multidão de 200 mil rastas que esperavam ver em pessoa o seu deus-na-terra. A recusa inicial de se dirigir àquela multidão de maltrapilhos drogados, não o terá denegrido aos olhos de todos eles: Rita Marley converteu-se nesse dia. É Mortimmer Planno, o mestre de Bob Marley e um dos “mais velhos”, quem acabará por fazer a ligação entre os rastas e Selassié.
A partir de 1968, expandem-se pelos países vizinhos, tendo Bob Marley a partir do seu sucesso, tido um papel determinante na sua internacionalização.
Em Setembro de 1974, Selassié seria deposto por um golpe militar dirigido por oficiais revolucionários. Onze meses depois é dado como morto. Ainda hoje, a maioria dos rastas recusa-se a reconhecer a sua morte: Bob Marley terá mesmo composto uma música sobre o assunto... Jah Live:
Fools sayin' in their heart
Rasta your god is dead
But i and i know jah! jah
Dreaded it shall be dreaded and dread
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